Nos últimos anos, empresas de todos os portes no Brasil foram obrigadas a rever modelos de negócio, cortar ineficiências e adotar tecnologias mais precisas para lidar com um dos maiores entraves do ambiente corporativo: a complexidade tributária.
Agora, com a Reforma Tributária, essa transformação vai além de novas siglas e alíquotas.
O que está em jogo é uma mudança estrutural na forma como as organizações lidam com seus dados, controles internos e demonstrações financeiras.
Da “gordura tributária” à transparência contábil
O sistema atual leva muitas empresas a embutirem margens de segurança nos preços para se proteger de autuações ou da perda de créditos fiscais.
Essa “gordura tributária” infla o valor final dos produtos e serviços, especialmente em mercados menos competitivos.
Com o novo modelo de IVA dual — formado por CBS (federal) e IBS (estadual) — essa lógica muda.
A não cumulatividade ampla e a tributação “por fora” tornam o imposto mais visível, recuperável e rastreável.
Resultado: menos opacidade, mais transparência e preços que refletem eficiência real, e não apenas risco tributário.
O tributo ganha protagonismo no balanço
As mudanças também afetam diretamente a contabilidade.
CBS e IBS deixam de ser registrados como dedução da receita na DRE e passam a figurar no balanço patrimonial:
- Ativos, quando representarem créditos a recuperar.
- Passivos, quando configurarem obrigações a pagar.
- Tributos a apropriar, quando dependerem de eventos futuros para se tornarem realizáveis.
Essa aproximação com as práticas internacionais (IFRS) exige atualização de políticas contábeis, novos controles internos e adaptação dos sistemas de gestão.
O desafio da transição
Entre 2026 e 2032, empresas precisarão lidar com dois sistemas em paralelo: o atual (ICMS, ISS, PIS e Cofins) e o novo (CBS e IBS). Isso significa mais obrigações acessórias, maior pressão sobre os times fiscais e contábeis e a necessidade de controles adicionais.
O ano de 2026 terá um desafio particular: os novos tributos serão calculados, mas não necessariamente pagos, desde que a empresa entregue corretamente a obrigação acessória. Para evitar distorções nos balanços, será fundamental criar contas patrimoniais de controle, registrando informações relevantes para gestão e auditoria sem impactar diretamente o resultado.
Da adequação à oportunidade
Mais do que um desafio técnico, a Reforma pode ser encarada como oportunidade. Rever processos, fortalecer governança, investir em tecnologia e treinar equipes são caminhos para transformar a complexidade em vantagem competitiva.
Empresas que enxergarem a Reforma Tributária não apenas como imposição legal, mas como chance de integrar contabilidade, finanças e operação, estarão à frente na transição.
Como a Solutta pode apoiar
Na Solutta, acompanhamos de perto essa transformação e atuamos como parceira estratégica de negócios. Combinamos consultoria tributária e contábil, tecnologia e experiência para ajudar empresas a navegar pela transição com segurança.
Se sua empresa ainda não tem uma estratégia clara para o novo cenário tributário, este é o momento de agir.
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