Itens básicos como biscoitos, feijão, arroz, massas e até materiais de construção foram contemplados na redução de 10% do imposto de importação em decisão tomada pelo governo federal, no fim da semana passada (15 de julho).
Tomando por base a inflação que tem subido consideravelmente, atingindo patamares de dois dígitos e impactando severamente no bolso do consumidor, Cláudio Zanão, Presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães e Bolos Industrializados, avalia a redução destacando a guerra entre Rússia e Ucrânia como grande obstáculo a se enfrentar e um das mais relevantes causas para esse aumento recente nos preços.
“O Brasil consome 12 milhões de toneladas de trigo por ano e produz, em média, 6 a 8 milhões. Então, dá para buscar a diferença no Mercosul. Ainda assim, se acontecer alguma coisa no continente, vamos buscar trigo no Canadá ou nos Estados Unidos. Então, falta de produto nunca vai haver. É questão de preço. Agora, por razões humanitárias, temos que parar essa guerra. E, em termos de economia, um terço da exportação mundial depende de Rússia e Ucrânia. Quanto mais for prolongada a guerra, mais dificuldade teremos. O melhor, para nós, é acabar essa guerra para equalizar esses preços”, disse Cláudio.
Ainda dentro do discurso de Zanão, os produtos que entraram na medida vão dar sobrevida às dificuldades de enfrentamento à insegurança alimentar – que tem crescido devido à pandemia do Coronavírus (covid-19). “O consumidor está com o bolso muito estreito. É consumir o necessário para sobreviver. Então, tudo que puder reduzir essa dependência e puder dar uma flexibilidade, será bem aceito”, comentou.
Créditos à divulgação inicial: Jovem Pan