Em um país onde cada decisão tributária pode significar a diferença entre lucro e prejuízo, a Reforma Tributária deixa de ser apenas pauta de debates e entra, oficialmente, na vida do empresário brasileiro.
Após décadas de discussão, a Lei Complementar nº 214/2025 marca o início de uma mudança que promete reescrever as regras do jogo para todos os setores. O novo sistema começa a ser implementado em 2026 e seguirá em transição até 2032.
Sete anos. Dois sistemas funcionando ao mesmo tempo. Novos impostos, obrigações e prazos. E, para quem já lida com margens apertadas, fluxo de caixa limitado e alta carga fiscal, isso significa uma corrida contra o tempo para se adaptar.
Neste artigo, vamos mostrar de forma clara e prática o que muda com a Reforma Tributária, como a transição vai impactar sua rotina fiscal e operacional e quais estratégias podem evitar prejuízos e abrir oportunidades.
A Reforma Tributária já impacta antes de 2026
Muitos empresários ainda acreditam que os efeitos da Reforma Tributária só serão sentidos em 2026. O problema é que a transição já começou.
Alterações técnicas, como as novas versões dos layouts da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e da Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e), estão em curso e afetam diretamente a apuração de tributos.
- Nota Técnica SE/CGNFS-e nº 1: muda a forma de emissão da NFS-e.
- RT – Nota Técnica 2024.002 v.1.10: altera regras para NF-e e NFC-e.
Essas mudanças, embora pareçam detalhes burocráticos, são determinantes para manter a regularidade fiscal e evitar erros que podem gerar autuações.
E há um benefício importante para quem se adapta cedo: empresas que estiverem em dia com todas as obrigações acessórias já em 2026 ficarão isentas do pagamento do IBS e da CBS, os novos tributos que substituirão ISS, ICMS, PIS e COFINS de forma gradual.
Essa isenção temporária pode representar um fôlego financeiro relevante no caixa da empresa.
O desafio da transição: dois sistemas, mais complexidade
Entre 2026 e 2032, o sistema atual e o novo vão coexistir. Isso significa que as empresas terão que:
- Calcular e pagar tributos antigos e novos simultaneamente;
- Manter registros separados;
- Adaptar sistemas para múltiplas regras fiscais;
- Garantir que a equipe esteja atualizada sobre cada modelo.
Imagine uma empresa com operações em diversos estados. Ela terá que lidar com diferentes regimes tributários ao mesmo tempo, emitir documentos fiscais corretos, fazer apurações duplas e evitar inconsistências que podem gerar multas ou bloqueios.
A mensagem é clara: não basta cumprir obrigações, é preciso ter processos eficientes, automação e inteligência tributária para evitar falhas.
Compensações: a promessa que pode demorar anos
Empresas que não estiverem em conformidade em 2026 ainda poderão compensar valores pagos de IBS e CBS com débitos de PIS e COFINS.
Enquanto isso, o impacto no fluxo de caixa pode ser expressivo, especialmente para negócios com margens ajustadas ou que dependem de capital de giro para expansão e pagamento de obrigações.
A Reforma Tributária exige mudança de mentalidade
A nova lei não é apenas uma troca de siglas tributárias. Ela exige que a área fiscal seja integrada à estratégia do negócio.
Três pilares sustentam essa adaptação:
- Tecnologia – sistemas atualizados, integrados e capazes de lidar com múltiplas regras fiscais.
- Capacitação – equipes treinadas para compreender a legislação e seus impactos práticos.
- Planejamento tributário – revisão do modelo societário, da cadeia de fornecimento e da estrutura de faturamento para aproveitar benefícios e evitar riscos.
Empresas que investirem nesses pilares agora estarão mais preparadas para atravessar os próximos anos com segurança e competitividade.
Encarar a Reforma Tributária sem apoio técnico é como atravessar um campo minado de olhos vendados. A Solutta atua na interseção entre estratégia, compliance e operação, unindo planejamento tributário personalizado, soluções tecnológicas para gestão fiscal e suporte contábil especializado.
Com essa abordagem integrada, ajudamos empresários a lidar com a transição de forma estruturada, identificando oportunidades e reduzindo riscos.
Se a Reforma Tributária já começou, a hora de se preparar é agora. E o futuro será muito mais previsível para quem decidir agir antes da virada.
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